Entrevista: Projeto Q e o Queen Rock Fest 2016!

Queen Rock Fest 2016

Sim! Sim! Sim! (Hey Hey Hey! Hey Hey Hey!)

Chegamos a DECIMA EDIÇÃO deste festival que é a cara da cena independente do litoral norte gaúcho. É mole?

O Queen Rock Fest surgiu da necessidade de um lugar para as bandas locais do litoral poderem tocar, lá no já longínquo 2007. De lá pra cá, o evento que atualmente é organizado pela Projeto Q! veio tomando forma, profissionalismo, histórias e lendas, ícones e musicas que se tornam hinos obrigatórios em todas as edições,  e se tornando um marco na história do cenário cultural gaúcho.

O festival que já foi palco de bandas experientes e estreantes, e inclusive de bandas que já acabaram e voltaram dos mortos para a edição de 2014, esse ano acontecerá no próximo dia 09/04, no Ka’s Club, em Capão da Canoa/RS. Falando nisso, já adquiriu o seu ingresso antecipado?

A décima edição do Queen Rock Fest contará com a participação de 10 bandas, a saber:

• Marcelo Valim (São José/SC)

• Save Our Souls (Porto Alegre/RS)

• Cattarse (Porto Alegre/RS)

• Torrica Hard Core (Torres/RS)

• aNNaLog (Tramandaí/RS)

• Chà de Flor (Tramandaí/RS)

• O Paralelo (Capão da Canoa/RS)

• Identidade V8 (Capão da Canoa/RS)

• Woohoo (Capão da Canoa/RS)

• Chaos Bliss (Capão da Canoa/RS)

Não é por menos, o Queen Rock Fest 2016 promete ser arrasador, com bandas consagradas e bandas que atualmente estão na ativa dando seu suor e fazendo a cena independente acontecer.

Então NÃO RATEIA e compareça ao evento, que será ainda mais especial com a presença de todos!

E aproveitando este momento, que tal conhecer um pouco mais sobre a Projeto Q, essa galera que realmente faz acontecer e movimenta a cultura underground da região, e um pouco mais da história do Queen Rock Fest?

Confira a seguir a entrevista esclusiva do LoFi in High com a Projeto Q!

Entrevista – Projeto Q!

QUEM É A PROJETO Q E QUAL O SEU OBJETIVO?

Projeto Q: A Projeto Q é formada por André Ricalde, George Redivo, Lauro Titoni e Marcos Moura, mas podemos dizer que a equipe é muito maior, dado ao número de amigos que sempre nos ajudam em todos os nossos projetos.
O objetivo desde o princípio foi criar algo que pudesse movimentar a cena local, dar espaço para os músicos da nossa região, promover uma espécie de intercâmbio com bandas de cidades mais distantes e, é claro, proporcionar diversão pra quem curte rock n’ roll.

ALÉM DO SAUDOSO QUEEN ROCK FEST, QUAIS OS OUTROS PROJETOS NA QUAL A PROJETO Q FEZ/FAZ PARTE?

Projeto Q: Nosso portfólio é composto pelos eventos: Outubro Vermelho, que é um festival mais “pegado”, só com bandas de Hardcore, punk e new metal; o UFO X, que é uma parceria com o UFO Estúdio de Gravação para comemorarmos o aniversário deste estúdio que é berço de muita coisa foda, que temos no nosso cenário artístico; e o Projeto Q, festival itinerante que leva o nome da produtora e que pretendemos voltar a por em ação novamente.
Na parte de conteúdo, além da nossa página no Facebook, onde postamos o material de várias bandas, temos o Reverbo, outra parceria, mas dessa vez com o jornalista e grande amigo Gabriel Munhoz, nesse projeto nós entrevistamos alguns ícones do Rock Gaúcho, numa proposta de deixar eles falarem sobre o que quiserem onde quiserem. E aí tem o PQP – Projeto Q Podcast, outra parceria com o Diego do UFO Estúdio de Gravação, mas vamos falar sobre isso mais adiante…

Cabides no UFO X em 2015

COMO FOI IDEALIZADO E QUANDO FOI A PRIMEIRA EDIÇÃO DO QUEEN ROCK FEST?

Projeto Q: O ano era 2007, o Marcos tinha uma banda, a Cabides, e tinha também uma namorada, a Jéssica. Não havia nenhum lugar para as bandas tocarem aqui no litoral e quando alguém resolvia fazer uma festinha na sua própria casa, logo chegava a polícia para acabar. Por isso, a melhor opção para se fazer barulho depois das 22 horas eram as praias mais distantes do Centro, digamos assim, como Praia do Barco/RS, Curumim/RS e Rainha do Mar/RS, por exemplo.
Jéssica (a namorada do Marcos) morava em Rainha do Mar, então Marcos achou um local, o Espetinho Lanches, ou Bar do Nélio pros mais íntimos – era um boteco muito legal, underground pra cacete.
Visto o local, era preciso os equipamentos de som e luz. Amplificador (caixa multiuso Frahm), bateria, microfones, enfim, cada banda levou alguma coisa pra montar o palco. O som não ficou dos melhores, mas a noite foi um marco para o nosso cenário atual.

CONTEM UM POUCO DA HISTORIA DO QUEEN ROCK FEST, E NA OPINIÃO DE VOCÊS, QUAIS AS EDIÇÕES DO FESTIVAL QUE MAIS MARCARAM A HISTÓRIA?

Projeto Q: Como dissemos, o QRF surgiu da necessidade de se ter um local para tocar. Nos anos de 2007 e 2008 foram cinco edições. Foram os eventos mais loucos e divertidos que o litoral já viu. A galera se mobilizava pra ir de van, outros iam caminhando. A “galera de preto” fazia uma peregrinação até Rainha do Mar/RS. Depois veio um hiato de quase quatro anos, interrompido pela sexta edição em 2012, dessa vez o festival estava sendo organizado pelo casal Pâmela e Diego, que mantiveram a essência do QRF. Nesse mesmo ano surgia a Projeto Q, que a partir de 2013 assumiu a organização do evento.
Cada edição foi única, aqueles cinco primeiros antes da Projeto Q existir foram a definição do que é ser underground. E as edições a partir da criação da produtora mostram que dá para se fazer uma “bagunça mais organizada” e com qualidade. Não dá pra citar uma edição em específico, mas há momentos que ficaram na história como o Batman na edição de 2013, os dois palcos e as bandas mortas em 2014, e até os momentos mais difíceis e negativos valem ser lembrados, como a mudança de local na última hora no ano passado e mesmo assim conseguimos seguir com o evento e lotar a casa.

Batman no Queen Rock Fest 2013

DEPOIS DE TANTOS ANOS, O QUEEN ROCK FEST GANHOU MOMENTOS HISTÓRICOS, CARICATOS, FIGURAS ILUSTRES (BATMAN), MUSICAS HINOS (WOOHOO – NA SUJEIRA DO TEU QUARTO) E MUITO MAIS, NO QUAL QUEM JÁ É MACACO VELHO DO EVENTO SE ORGULHA DE FAZER PARTE DESSA HISTÓRIA. COMO VOCÊS ACHAM QUE ISSO FOI POSSIVEL?

Projeto Q: Tudo isso é culpa do público. Nosso público abraça o festival e adota como seu. Não dá pra dizer que o Queen pertence à Projeto Q, porque isso não é verdade. Todas as bandas que já tocaram no QRF são apaixonadas por esse público que pula e canta junto, isso nas músicas próprias dos caras!
E por isso que o palco do QRF está no mesmo nível que o público, todos estão na mesma altura dando o seu espetáculo particular.

VOCÊS IMAGINARIAM QUE O FESTIVAL ESTARIA CHEGANDO EM UMA DECIMA EDIÇÃO COMO AGORA?

Projeto Q: Quando o Marcos fez a primeira edição lá em 2007 a ideia era fazer o máximo que desse para que ele pudesse tocar sempre, mas ele não se via fazendo isso em 2016.
Na primeira edição pela Projeto Q, em 2013, a ideia era evoluir o festival aos poucos, aperfeiçoar a qualidade dos equipamentos a cada edição. Tínhamos certo receio que o público “das antigas” não comparecesse e que a nova geração não se identificasse com o QRF. Felizmente temos essa galera que nos motiva, agora, para chegar à vigésima edição, quem sabe.

QUAL FOI A IDEIA INICIAL POR TRAS DO PQP – PROJETO Q PODCAST PQP?

Projeto Q: Somos fãs de podcasts, adoramos esse formato de conteúdo e queríamos ter o nosso também. Então surgiu essa ideia de produzir um programa capaz de apresentar as bandas locais mas sem parecer aqueles programas chatos e repetitivos. Infelizmente, isso demanda tempo, e mesmo com a incrível ajuda que o Diego (UFO Estúdio) nos dá, tivemos que deixar esse projeto um pouco de lado, mas vai voltar, o PQP vai voltar!

Campus Elísius no palco Undead, Queen Rock Fest 2014

NAS ULTIMA EDIÇÃO (2015) ROLOU A DISTRIBUIÇÃO DE UM ZINE DURANTE O EVENTO. FALEM UM POUCO MAIS DESSA INICIATIVA E SE ELA CONTINUARÁ PRESENTE NOS EVENTOS.

Projeto Q: Essa foi uma ideia que trouxemos de outros festivais. Achamos legal essa participação de outros artistas, além dos músicos, no cenário underground. É uma integração que queríamos ter também nos nossos eventos. Contamos com a participação de seis artistas que expressaram suas experiências e expectativas do Queen por meio de seus talentos. O resultado foi ótimo e nos trouxe um feedback favorável, mas infelizmente não teremos nesse próximo sábado, questões de tempo e o acúmulo de tarefas atrapalharam muito. Mas não desistimos do Q-Zine, não. Estamos estudando meios de fazê-lo nos próximos eventos.

DAQUI PRA FRENTE, O QUE PODEMOS ESPERAR DA PROJETO Q?

Projeto Q: Nós estamos sempre na busca de criar algo novo. Queremos, a cada evento, oferecer uma experiência nova ao público e às bandas. Somos motivados ao ver que é possível manter o rock vivo, principalmente como uma manifestação cultural que vai além da música. Portanto, podem contar sempre com o comprometimento da Projeto Q em realizar e apoiar ações que visam a manutenção da cena, em especial no litoral.

PRA FINALIZAR, O QUE PODEMOS ESPERAR DO QUEEN ROCK FEST 2016?

Projeto Q: Para nós cada edição é sempre especial, sempre tem aquele friozinho na barriga que vai aumentando ao passo que a data se aproxima. Será um Queen de estreias e retornos, onde todas as atrações convidadas possuem identificação ou fazem parte ativamente do nosso cenário local, não tem ninguém ali que caiu de paraquedas. Então podem esperar apresentações enérgicas e um público vibrante da primeira à última banda.
No mais, é tudo surpresa! Até sábado no Queen Rock Fest 2016!

CHEERS!

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Felipe Espindola de Borba

Administrador do blog/selo LOFI IN HIGH RECORDS. Faz tudo nos projetos solos The F.Ray e NP-Exception. Bacharel em Ciência da Computação (UNISINOS). Programador e técnico em computação (P.M. Xangri-Lá/RS).

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